terça-feira, 30 de julho de 2013

Espera

Tu me sugeristes, muito sutilmente, quase sem querer, que eu não te esquecessse, não querendo ser egoísta, nem nada disso, inocentemente até, e eu juro, que até cogitei tal sugestão. No entanto, há todo um tempo que passará e eu nada poderei fazer para impedir que ele traga e leve algo de mim.
Esquecer-te mesmo, não irei, pois guardarei teu nome. Pouco lembrarei do nosso pequeno caso amoroso. Sentirei muita saudade, depois pouca e por fim nenhuma. Dói um pouco saber que és de outra pessoa, mas logo não fará nem cócegas.
Peço-te desculpas antecipadamente, mas eis a lei da ausência, da mudança de tempo, da passagem dos dias. Eis a lei das escolhas. Mas não se preocupe, meu amor, logo, isso não terá sentido para ti também. Começarás a me esquecer, mesmo dizendo que não irá. As canções que hoje te trazem alguma memória sobre mim, sobre nós, deixaram de serem ouvidas, perderam toda a graça e se tornaram enjoativas e desprovidas de sentimentos. Serão só canções, que a principio vão ser trocadas por outras e depois excluídas.
Será assim, amor! É sempre assim, na verdade.
Ao contrário do que cantam por aí, não peço que rasgues as minhas cartas, muito menos que me devolvas coisa alguma. Mas "quero que sejas bem feliz junto 'da sua nova/antiga moça'".
Querida, guarde com carinho os pedacinhos meus que contigo ficaram. Não estão fazendo alguma falta, mas logo farão. Guarde-os com carinho!
Devo admitir que fostes bastante esperta e até complacente, pois, de ti, quase nada deixastes para mim. Pedaços muito pequenos! Mas obrigada, de qualquer modo!
Sinto que quase me sucumbi de arrependimentos por tê-la tido, porém o nosso encontro foi deveras bonito para ser perdido assim.
Não há nada mais que eu queira dizer, dado os fatos decorrentes e recorrentes, a não ser que magoada estou e que vai passar quando eu menos esperar.
Querida, minha querida, enquanto isso, esperar-te-ei.